sexta-feira, 30 de agosto de 2013

tinha um caminho no meio do xixi


Dores estomacais. Me sentia numa cena daquele programa Não Sabia Que Estava Grávida, tamanha dor que me atacou de madrugada. Fui ao banheiro. Nada. Nem um filho, nem gases. Voltei, dormi. Sonhei. Sonhei muito bem. Acordei dez minutos antes do despertador, fiquei orgulhosa. Chequei as mensagens do celular e vi que as últimas sms que tinham sido enviadas por mim com tanto amor não causaram nenhum impacto no destinatário, que, por sua vez, me respondeu com um sms frio de bom dia. 
Consegui sair de casa dez minutos mais cedo, fiquei orgulhosa. Eu sabia que os ônibus estavam em greve, mas não sabia que era apenas 10% da frota que estava ativa. Esperei trinta minutos e nada. Sentada no banco com o vale transporte em cima das coxas, uma hora o cartão caiu no chão e eu quase não vi. Juntei ele e ainda pensei "ufa! quase perdi meu TRI". Desisti do ônibus e resolvi pegar uma van até o centro. Atravessei a rua pra esperar a bendita, e nesse tempo passou um cara e sussurrou no meu ouvido "tem muita gente suspeita......". That was creepy. Entrei na van, desci no centro. 
O dia tava lindo. Adoro o centro em dias frios e ensolarados. Enfim. Peguei o taxi e o motorista era um velhinho surdo. Ele colocou músicas da Beyoncé antigas (Baby Boy e Naughty Girl) num volume super alto. Foi muito amor. Fiquei feliz. Cheguei atrasada na minha aula favorita da semana -literatura-. Mas cheguei. Beleza. Eu tava há três dias sem lavar o cabelo, fui de coque pra aula já que não ia encontrar ninguém conhecido mesmo e porque aquela ia ser minha única aula do dia (meu curso é por disciplina). No meio da aula recebi um sms de um amigo "bah, esse professor merecia um Nobel". Olhei pra trás e lá estava meu amigo que tinha perdido a primeira aula por causa dos ônibus e resolveu assistir àquela aula. Bem atrás de mim. E eu achando que ia poder esconder minha xexelenteza. Ok. 
A aula acabou e eu fui pra parada de ônibus pensando "bom, agora posso esperar o quanto quiser, uma vez que não tenho pressa pra chegar em casa". Fiquei quarenta minutos esperando. Resolvi pegar qualquer ônibus pro centro e de lá pegar uma bicicleta e ir pra casa. Ao subir no ônibus, procurei meu TRI. Kd meu TRI. Isso mesmo: eu perdi meu TRI. Paguei a passagem e desci no centro louca de fome.
Fui até o mercado público onde pretendia comer sushi com os cinco reais que eu tinha. Tava fechado. Fui na outra sede. A fila tava gigante. Fui no Subway que tem do lado pra comprar um cookie. A maquininha de imprimir notas tava estragada e a fila tava gigante. Droga, vontade de fazer xixi. 
Acabei num daqueles barzinhos baratíssimos com salgados gordurosos. Comi um risoles horrível de frango. Vontade de fazer xixi. A televisão tava mostrando o bando de gente que perdeu as casas por causa das chuvas. Vontade de chorar. E de fazer xixi. Um velhinho (também surdo) resolveu fazer uma piadinha comigo muito ruim. Fui forçada a rir. Vontade de fazer xixi. Caminhei, peguei a bicicleta, pedalei por meia hora, cheguei em casa cansada, suada, com fome, com vontade de chorar e de fazer xixi. 
Que bosta de dia. Perdi meu TRI. PERDI MEU TRI. Cheguei em casa, troquei de roupa, me atirei na cama, fui grossa com algumas pessoas e dormi. Até a vontade de fazer xixi sentiu pena dessa pobre criatura que vos escreve e me deixou em paz. Acordei. Me dei conta de que a melhor parte do dia tinha sido durante o primeiro sono que disse antes que havia sonhado muito bem. 
Pros curiosos: sonhei que tinha uma prateleira inteira de Milka no supermercado. E como diria o Carlinhos da pedra: eta vida besta, meu Deus...

domingo, 1 de julho de 2012

Oh, Canada!

Vou apelar pro blog porque já cansei de escrever isso no meu diário e nas conversas de facebook/msn/twitter, tá?

Asiáticos. Skytrain. Granville. Millenium Line to VCC-Clark. Vancouver. Isa. Manu. Saudades. Eu. Chorando.

Um mês numa cidade localizada entre montanhas. Uma cidade com frio e neve, frio sem neve, praia, chuva, tempo seco, sol, montanhas, florestas, industrialização, gente bonita, gente especial. E claro, cheia de asiáticos.

É de impressionar a educação das pessoas que moram lá. Ao entrar no ônibus, do motorista se ganha um good morning. Ao sair do ônibus, dos passageiros o motorista ganha um thank you. Imagina que louco agradecer ao motorista do ônibus sempre que você descer? Imagina ouvir um bom dia! ao invés de SÓ MAIS UM PASSINHO PA CIMA PURFAVÔ?

Mendigos? Sim, até os mendigos são melhores. Não quero dizer que eles ganham mais, ou que todo mendigo lá tem um iPhone. Não. Mendigos lá são respeitosos. Você simplesmente não ouve mendigos. A cada esquina do centro pode ter um mendigo, mas ele estará sentado, olhando pro chão, com uma plaquinha dizendo 'Dying. Hungry. Cold. Please. Help.' ou então você verá uma mendiga com uma plaquinha escrito 'Wanna kill Justin Bieber. Need money. Thank you." ou até mesmo um mendigo com um ouriço na porta do metrô abrindo a porta para você entrar, dizendo 'have a good day!'.

 Mendigo numa das avenidas principais. Uma plaquinha. Um ouriço. Um cachorro. Gentileza.


Eu não tava brincando quando disse 'ouriço'.

Mendigo numa iPlace. Ficou ouvindo música ali por algumas horas e ninguém o tirou de lá.


Nas escadas rolantes. Gente, as escadas rolantes. Era grande o suficiente pra caber duas pessoas no mesmo degrau. Se você fica no lado direito, significa que você não está com pressa. Se está no lado esquerdo, significa que você está com pressa e que quer subir a escada rolante correndo. Não tem em nenhum lugar escrito que deve ser assim... simplesmente é. 

Mas é em lugares tumultuados (poucos) que a educação dá um tapa na sua cara. Sabe quando você tá andando na Renner e aí passa aquela favelada metida a rica com uma bolsa gigante te empurrando e aí ela fala naquele tom nojentinho 'LICENÇA??????'? Pois é. Então. Gente, isso é um absurdo. UM ABSURDO! Sabem o que seria normal? O normal seria ela mal encostar em você, te pedir desculpas e você olhar pra ela com um sorriso acolhedor e dizer 'nah, tudo bem!' Vamos ser educados, tá? Ser educado é temdêmcia. Se não é, faz de conta que é. 

Ah, o Canadá... poder andar com qualquer roupa sem se preocupar porque certamente vai ter algum asiático na rua vestido mais estranhamente do que você. Asiáticos. Asiáticos! Enquanto estive lá, aconteceu o Valentine's Day (Dia dos Namorados internacional, pros leigo). Eu tava super estressada e com preguiça de lidar com pessoas. Sabem o que eu fiz? A inteligente aqui resolveu ir ao aquário. No dia dos namorados. Sozinha. Eu nunca (nunca) me importei com o dia dos namorados mas, gente, lá eles realmente comemoram. Flores, corações, casais, promoções, chocolates EVERYWHERE. 
No ônibus que peguei pra ir pra lá, juro, só tinha casais. E óbvio que no meio desses casais tinha um casal de asiáticos que, ao invés da menina estar segurando flores, estava segurando uma cesta cheia de macaquinhos de pelúcia. Vai saber. 

Dia dos namorados e eu sozinha. Acabei me apaixonando pela criatura mais linda e esquisita que já vi: belugas.

Finalizando o Valentine's Day na Starbucks e com um macaron em formato de coração. Forever alone.

Mas sabem o que é que me faz chorar de saudade? Duas irmãs que "conheci" no verão de 2011: a Isa e a Manu. A Isa eu conheci mesmo, sem aspas. I mean, passamos dois dias juntas, nos tornamos melhores amigas nesse curto período, e depois nos separamos, pois ela estava passando as férias em Porto Alegre, morava em Presidente Prudente, interior de São Paulo. A Manu não foi junto pra Porto Alegre e até hoje não sei o porquê. O que aconteceu? Dois meses depois elas se mudaram pra Vancouver. Mantive minha amizade com elas à base de muito skype e sms's valendo o dobro do preço por serem internacionais. E, após um ano sem se ver, e a Manu que eu nem conhecia pessoalmente ainda, nos reencontramos. Ah, como chorei. Acho que todos os dias que nos víamos tinha uma hora que eu olhava pra elas, começava a chorar do nada só de feliz por não ter nenhuma tela nos separando. Saudades de arrumar a sobrancelha da Manu. Saudades de pedir pra Isa tentar falar 'polenta' com sotaque gaúcho. Cara, foi tão bom. Jogar dominó, assistir Mean Girls, tomar aqueles refrigerantes horríveis... não vou contar tudo porque né, o texto já tá grandinho e... ninguém gosta de posts grandes. Nem eu. Enfim, voltando ao mimimi da saudade: quero voltar. Quero conhecer todo o resto do mundo mas quero voltar.

Isa, Léo, Manu, Dé, eu.

Hoje, 1º de julho é comemorado o Dia do Canadá, aka Canada Day, aka Fête Du Canada! Não poderia deixar esse dia passar em branco, precisava declarar meu amor por esse país tão... gorgeous. E pra quem não sabe, gorgeous é o meu elogio predileto. 

Oh, Canada! 

Obrigada por lerem até o final.
Próximo post será sobre: como se portar dentro de um ônibus.
Beijocas, até mais. 

(Also, se tiver alguma experiência relacionada a viagem e gostaria de compartilhar, comenta aqui em baixo, prfvr)

domingo, 1 de janeiro de 2012

coletânea melhores sonhos 2011 ~

"Deixa eu contar pra vocês o que eu sonhei", acho que 40% dos meus tweets esse ano começaram assim. Sei que a maioria de vocês não me segue lá, mas não tem problema, porque neste post vou contar pra vocês os sonhos mais insanos que eu tive 2011!!!!!! Todo ano eu tenho um diário, e todo ano tem uma hora que eu começo a cansar de escrever nele todo dia, então comecei a transformá-lo em um ~diários dos sonhos~, pra eu poder ler meus sonhos depois e poder rir deles de novo. Here they are:

3 de fevereiro - Hoje sonhei que o Serj Tankian (vocalista do System Of a Down) tinha pedido meu telefone.

7 de março - Sonhei que tinha deixado a câmera em cima de um telhado e começou a chover, depois eu fiquei abraçada numa espécie de Hugh Grant que trabalhava no Subway, depois tive que ir voando pra casa, depois eu ia viajar pros EUA mas minhas roupas estavam sujas e eu tinha brigado com a mãe porque não achava meu shampoo.

3 de abril - Sonhei que eu tinha ido num aniversário e eu estava com muita vontade de ir ao banheiro mas a fila estava enorme e não tinha papel higiênico.

4 de abril - Sonhei que tinham me dito que a música The Funeral do Band Of Horses era do Freddie Mercury.

14 de abril - Hoje sonhei que um grupo de pandas queria me matar, aí eu saí correndo, achei o Arthy e perguntei se ele tinha carona pro show do A Day To Remember e ele não tinha. E eu tava com uma blusa do Anberlin e queria trocar... chegamos no lugar do show e descobrimos que era a Shakira que ia se apresentar.

30 de abril - Sonhei que tava num show da Restart.

1 de março - Sonhei que eu tava invadindo a prefeitura porque disseram que iam gastar todo o dinheiro comprando armas e no meio disso tudo eu tava comendo chocolate Milka.

2 de março - Sonhei que a minha vó amava A Day To Remember também e queria que eu levasse ela no show deles junto comigo.

31 de março - Hoje sonhei que tava na casa do Julio Meliani comendo sopa com o @mirandanilo.

25 de julho - Sonhei que o @eitamarcelo veio aqui em casa me visitar bem na hora que eu tava dormindo e eu tava com medo que ele me visse babando no travesseiro.

3 de agosto - Obs.: quando eu sonho MUITA coisa de uma vez só, eu acordo, pego um lápis, uma caneta e anoto em tópicos o sonho pra eu não esquecer... o problema é que eu anotei em tópicos e não lembro de nada. - Internato, processo, Potter, Melina, bolo, papel higiênico, alface.

28 de agosto - Sonhei que tinha encontrado o Underoath num show mas o Spencer (vocal) se recusou a tirar foto comigo :(

29 de agosto - Sonhei que a apresentação final do VMA foi com a Ivete Sangalo e ela foi a mais aplaudida da noite.

25 de setembro - Sonhei que tinham me largado numa casa abandonada e era uma gincana na qual eu tinha que achar o Bin Laden.

14 de setembro - Sonhei que eu tava hospedada num hotel e que de madrugada eu senti uma vontade absurda de tomar água, e pra isso eu fui até a cozinha do hotel, chegando lá, vi o Luan Santana bebendo um copo de leite.

1º de novembro - outra vez tópicos confusos Hotel cheio de gente que eu amo, fusão (HH), explosão, horrível, eu grávida.

E hoje, 1º de janeiro, sonhei que eu tava numa praia, e quando entrei no mar eu percebi que eu ainda tava segurando minha bolsa... eu tentei sair correndo da água mas não conseguia... e o que mais me dava medo é que eu tava com o livro 1984 na bolsa, e ele era emprestado, e ele ficou encharcado.

That's it! O ano recém começou, se puderem fazer isso: façam! É muito legal poder relembrar tudo isso mesmo depois de 1 ano :3

Deixo vocês com a música que eu mais ouvi em 2011, tô pensando seriamente em entrar na formatura do 3º com ela:





Ah, tenham um ótimo 2012! 
God bless you all.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

nunca vai acertar ~

- Se não entendemos nós mesmos, como podemos querer entender os outros? (MARTIM, Isabella)


"O que agora vemos
é como uma imagem imperfeita
num espelho embaçado,
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é imperfeito,
mas depois conhecerei perfeitamente,
assim como sou conhecido por Deus.
Portanto, agora existem
estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor.
Porém a maior delas é o amor."
                                (1 Co 13:12-13)


Desista de tentar entender as coisas, você não nasceu pra isso.
Por que algumas pessoas não fazem sentido?
Por que do nada tudo parece não fazer nenhum sentido?
Você se entende? Perfeitamente? Não, você não se entende.
Se você não se entende, como pode exigir entendimento sobre outras pessoas, que também não se entendem? Desista. Se conforme de uma vez por todas que você não pode entender nem 7 bilhões de pessoas, nem a sua melhor amiga, nem seus pais, nem você mesmo.
Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.

Caramba, a Bíblia é tão explicativa que não entendo como ainda acham que vão morrer se lerem ela. Saia do 9gag e vá ler algo que preste.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

declaração ~

Nunca pensei que você fosse mudar tanto a minha vida. Quando ouvi falar sobre ti pensei "mas que diferença vai fazer na minha vida?" e nem me interessei em te conhecer. Ouvi tanto falarem sobre como você era legal e confesso que, em alguns momentos sentia inveja dessas pessoas porque elas te conheciam, e eu não.
Um dia a tua presença se mostrou necessária em minha vida, e eu resolvi experimentar algo que por anos evitei: te conhecer. A única coisa que pensei quando nos encontramos pela primeira vez foi "Oh céus, por que me privaram de uma coisa tão maravilhosa até hoje? Por que me deixaram viver até hoje sem te conhecer?" E enquanto o tempo passava, cada vez nos conhecemos mais... O incrível é que tudo com você parece ter mais graça, mais vida, tudo parece ser mais real.
Com o tempo, também percebi que minha vida seria um caos sem você. Minha vida não teria graça e tudo seria mais preto-e-branco. Engraçado pensar também que, até as pessoas ficam mais divertidas quando você está junto, já disse e repito, tudo com a sua presença fica melhor.
Você me proporcionou vários momentos importantíssimos na minha vida que nunca irei esquecer, vários momentos que sem ti seria impossíveis de acontecer. Me aproximou das coisas mais longes, me proporcionou sentimentos indescritíveis e me ensinou uma das coisas mais importantes da vida: ter paciência, porque a sua lentidão na maioria das vezes é um tratamento para minha personalidade mimada.
Como estou escrevendo sinceramente, não posso ocultar os seus defeitos... me desculpe. Odiei mortalmente todas as vezes em que você me deixou na mão, todas as vezes que me abandonou e eu chorava de raiva, pois, por sua e única causa, inúmeros momentos foram interrompidos e estragados. Mas eu te perdôo, eu sei que no fundo você está sempre tentando melhorar e se esforçando para cada vez mais ser fiel a mim.
Repito: não sei o que seria de mim sem você. Me admiro por uma coisa ser tão útil e agradável a mim sem pedir absolutamente nada em troca. Gostaria de terminar esse texto dizendo que espero, do fundo do meu coração, espero que um dia você não tenha mais delay.
Skype, eu te amo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parabéns ~

Vinte e oito de agosto de dois mil e um, nasce um cachorro. Aparentemente um cachorro qualquer, que terá um destino qualquer numa casa qualquer com uma família qualquer. Mas com alguns dias de vida estava sendo vendido na maior feira de filhotes do Rio Grande do Sul, onde eu o conheci. Eu era pequena, estava em dúvida entre um poodle preto, branco, ou champagne. Peguei o champagne no colo por curiosidade e este dormiu assim que o coloquei em meus braços. Chamei minha mãe e disse "Mãe, quero esse."
Tão pequenino, tão adorável, tão babão, tão sem dente, tão bafudo, tão, tão... estava demasiadamente feliz, finalmente tinha um animalzinho em casa, um ser vivo pra chamar de meu.
Desde pequeno sempre fez muitas coisas erradas: estragou 9 pares de chinelos, roía os rodapés de tudo, roía as paredes e comia tudo o que via pela frente. Nunca me esqueço do dia que cheguei em casa com uma boneca nova e ele arrancou um braço dela... chorei tanto naquela noite que lembro que foi a primeira vez que tive um ódio mortal por aquele animal. Desde então, só via coisas ruins nele. Só gostava dele quando ficava quietinho do meu lado sem chorar e sem se mexer (ou seja, quase nunca). Ah, gostei dele também quando uma abelha picou o seu nariz e por isso ele perdeu todos os movimentos e então meus pais levaram-no para um hospital veterinário. Eu nem acreditava em Deus ainda, mas peguei uma foto sua e fiquei orando (e chorando) pra que Deus o curasse. Depois de algumas horas eles voltaram pra casa com o cachorro totalmente recuperado, fiquei feliz, mesmo. 
Entretanto, mais eram os momentos de raiva do que os momentos de amor a ele. Maior era meu ódio do que meu carinho. Talvez pelo fato de eu ser filha única, quando uma parte da atenção dos meus pais se dirigiu para outra coisa, o ódio existisse por inveja que sentia dele em certos momentos.
Irritavam-me os gritos dele toda vez que minha mãe chegava. Irritava-me o jeito que ele latia toda vez que algum vizinho apertava a campainha. Irritava-me quando ele pulava em cima de mim enquanto eu almoçava no sofá, me fazendo sujar o estofado. Irritava-me quando ele fugia da coleira e saía correndo, me fazendo correr atrás dele e gritando seu nome. Irritava-me quando ele chorava pra entrar no quarto, e quando eu saía da minha cama quentinha pra abrir a porta pra ele entrar, depois de alguns minutos ele queria sair do quarto de novo. Irritava-me quando ele se assanhava com as visitas. Irritava-me quando andava com ele de carro e ele não parava de latir em nenhum instante, deixando todos estressados de tanto xingar o cachorro. Irritava-me como ele parecia ser tão inútil... não sabia sentar, deitar, rolar, e nem levantar a patinha ao meu comando. Todos sabiam do meu ódio por aquele cachorro, todos sabiam da minha falta de amor desumana com o tal melhor amigo do Homem. 
Um dia fui dormir na casa de uma amiga, e quando voltei, minha mãe me disse que o Puffy (é, o nome do cachorro) estava andando de um jeito meio estranho... ele andava com a coluna meio curvada, muito bizarro. Eu disse para ela levá-lo ao hospital veterinário, mas ela disse que não precisava, que no outro dia ele já estaria melhor. Ele não chorava nem nada, só andava esquisito mesmo. Fiquei tranquila. No outro dia acordei com meus dois pais meio sérios e discutindo sobre o cachorro. O Puffy estava em sua caminha, parado de um jeito mais curvado ainda do que no dia anterior, e toda vez que alguém tentava pegar ele, ele gritava de dor. Eu fui fazer carinho nele e ele me mordeu forte. Saí chorando pro meu quarto e gritei "TIREM ESSE CACHORRO DAQUI." 
Com muito esforço meus pais conseguiram colocar ele no carro e levaram ele ao hospital veterinário. Depois de longas horas eles voltaram pra casa, sem o cachorro. Como você, também entrei em desespero e achei que ele havia morrido, mas não, meus pais disseram que ele havia ficado na clínica em observação. Os médicos disseram que o problema era na coluna, e muito delicado.
Após dois dias com a casa "vazia" sem aquela coisa correndo, pulando e fazendo barulho, o bichinho voltou. Estava bem calmo no colo da minha mãe, bem bonitinho. Achei que tudo voltaria ao normal, mas quando a mãe largou-o no chão, ele não mexia as duas patas traseiras, andava se arrastando. Fiquei sem reação, sentei-me no sofá ao lado da minha mãe e as duas começaram a chorar. O bichinho veio se arrastando até nós, tentou pular pro sofá e deu de cara nele... acho que ele não tinha entendido que havia perdido os movimentos das patas. Eu e minha mãe chorávamos e o bicho olhava-nos com uma cara de desespero, com um olhar de "me ajudem". Pegamos ele no colo e fizemos carinho nele por infinitos minutos, e nesse momento nasceu em mim um amor absurdo por aquela criatura tão adorável e necessitada. Sabia que teria que cuidar dele dali em diante, sabia que ele precisaria de mim, sabia que olharia pra ele com olhos de amor a partir daquele momento. 
Depois de alguns dias de tristeza pensando "Deus, por que o MEU cachorro paraplégico? Por que EU tenho que ter um cachorro aleijado?"eu percebi o quão negativa eu estava. O Puffy não estava triste e nem depressivo, não deixou de comer, não deixou de latir, não deixou de uivar toda vez que algum vizinho chegava... continuou sendo o mesmíssimo cachorro de antes, talvez mais feliz ainda porque passou a receber mais atenção minha. Aí uma vez ele foi se arrastando, buscou um brinquedinho, veio se arrastando até mim, e me deu o brinquedinho pra eu atirar pra ele ir buscar... meus olhos se encheram. Eu estava triste pensando na deficiência dele, e ele? Nem se importava. Enquanto eu reclamava por qualquer coisinha, chorava por não conseguir coisas insignificantes, olhava pro meu cachorro paraplégico e o via mais feliz que eu. Com certeza foi uma das maiores lições que a vida já me deu, e posso lembrá-la todos os dias quando acordo e vejo aquela criaturinha vindo em minha direção para me "recepcionar". Hoje o Puffy está fazendo 9 anos de idade e 1 ano sem movimento nas patas traseiras, não poderia passar essa data sem compartilhar tudo o que passei com ele. E ah, obrigada por ter lido até o fim.

Puffy, mãe.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

UM APELO ~

Venho até vocês nesse humilde espaço da interwebs para desabafar minhas irritações com comportamentos inadequados/orkutizados no Facebook. Por isso vou fazer uma lista de tópicos de coisas que NÃO se deve fazer no Facebook e COMO fazer o que você quer da maneira certa e SE DEVE OU NÃO fazer o que você quer, pra não maltratar a vista e o mural de atualizações dos outros. Here we go:

1) STATUS: O status do Facebook não deve ser confundido com um subnick de MSN, assim como não deve ser confundido com o Twitter. Repito: O STATUS DO FACEBOOK NÃO É SUBNICK DE MSN E NEM TWITTER.

O QUE NÃO FAZER:
- Digitar que nem um V1D4 L0K4 (a não ser que você esteja "só de zoa")
- Conectar o Facebook com sites que você atualiza muito (Twitter, Tumblr, MSN etc)


- No Twitter, existe a opção RETWEET (RT), que quando você gosta de alguma coisa você dá RT. Mas tem uns que dizem: SE VOCÊ blablablabla DÊ RT! E isso é como se fossem aquelas correntes de e-mail, só que de uma forma mais curta. E agora uma pergunta: Você gosta de correntes de e-mail? NÃO, VOCÊ NÃO GOSTA! Então abra seus olhos e também não goste de fazer isso em outros sites! "SE VC CONCORDA, REPASSE ESSE E-MAIL"= "Se você concorda com esse texto, copie e publique no seu mural."


(Será que se eu não postar isso no meu mural eu vou pro inferno????)


2) APLICATIVOS: Não usar aplicativos! A maioria deles é uma farsa e só serve pro Facebook roubar informações do seu perfil. Aqueles de ver quais os usuários mais visitaram sua página, quais os usuários que você mais se comunica etc, além de roubar suas informações ainda vai colocar imagens feias nos seus álbuns e marcar seus amigos nelas! Mas que mau/má amigo(a) você é!


(Sempre que me marcam numa imagem dessas eu me desmarco. Risos.)

- Outra observação sobre aplicativos: 99% das pessoas não gostam de convites. Sempre que puder, clique no botão Skip ao invés de "Invite friends" ou "Tell your friend about it" ou coisas do tipo. SEMPRE tem um Skip pequenininho em algum lugar.



3) EVENTOS: Os eventos do Facebook não devem ser confundidos com comunidades do Orkut. REPITO: OS EVENTOS DO FACEBOOK NÃO DEVEM SER CONFUNDIDOS COM COMUNIDADES DO ORKUT. Um evento deve ser criado no Facebook quando ele REALMENTE é um evento! Vamos esclarecer as coisas: festas, shows, congressos, palestras etc são eventos. Ao contrário de revoltas, opiniões, e querer informar algo pros outros. Por exemplo, se você quer reunir todo mundo que prefere milho do que ervilha, NÃO CRIE UM EVENTO, crie uma comunidade no Orkut! Se você odeia a Capricho e quer reunir todo mundo que odeia também, crie uma comunidade no Orkut, e não um evento! Ou melhor, se você faz MUITA questão de fazer isso no Facebook, tudo bem, faça, mas não crie um evento, crie uma Página ou um Grupo, que se encaixa muito melhor nesse tipo de função.

(Isso tem cara de evento pra você?)

(ISSO é um evento!!!!!)


(Uma marcha no Facebook = uma marcha virtual, logo, NÃO É UM EVENTO)



(Olá. Vamos ao ''''''''''''''evento'''''''''''''''' ACABA SEMESTRE? R: Não.)


4) MURAL: Isso não é uma ''repreensão", é uma dica. Dica: Não deixe coisas "sujas" no seu mural. Limpe ele sempre que puder, facilite o trabalho dos seus stalkers! Apenas deixe o que realmente interessa, garanto que até você vai ter orgulho do seu próprio mural, todo bonitão.
(Esse é o tipo de coisa desnecessária que fica no nosso mural, deixe apenas o que você realmente quer que os outros vejam!)



                
ENTÃO GALERA, era isso. Espero que ninguém tenha se ofendido, pelo menos não era a minha intenção. 

Obs.: Eu sei que a uns meses atrás eu fiz um post sobre respeitar as opiniões dos outros e de não ficar ditando o que é babaca e o que não é, MAS, convenhamos, o assunto que eu tratei hoje no post não é sobre babaquisse ou opiniões, é sobre falta de bom senso. Apenas isso.

                                                - Obrigada pela paciência e não se esqueça de comentar (não precisa ter conta no blogger pra isso). See ya! :)